A música me acalma, me restabelece, me abraça e me conforta. A música é a esperança que se ouve, o amor que vibra, a única religião que reconecta.

Basta eu clicar num misero botão chamado play e eu perco toda a minha vergonha e te chamo para dançar sem eu precisar sair do lugar. Passo por cima do pudor, da contradição da culpa sem me preocupar com remorsos. Eu faço você se apaixonar por mim, faço com que nada mãos importe sem precisar sofrer depois.

10% de todas as vendas das minhas fotos irão para o Real Change News e, portanto, para os cerca de 600 vendedores sem-teto de Seattle que compõem a plataforma. E isso é só o começo.

Seus olhos foram os únicos capazes de curar minhas feridas. Eles foram os únicos capazes de restaurar minha alma. Foram seus olhos, finalmente, que me fizeram forte.

Eu passei nove meses imaginando como seria aquele bebê, se seria um menino ou uma menina, se seria gordo ou magro, branco ou preto, careca ou peludo. Mas nunca imaginei que minha irmã teria olhos tão lindos e que transbordariam tanto amor para mim em tão pouco tempo.

No dia em que fotografei minha avó, ela decidiu não virar o rosto para a câmera. Ela preferiu olhar para frente como quem prefere enfrentar as exasperações da vida e seus inimigos do passado, de cabeça erguida e com sua arma mais poderosa: o amor que reside nos seus olhos.

Gisela, essa mulher que irradia força e ternura em seus olhos, nasceu em Cuba, trabalha como assistente-administrativo em uma escola em Havana e convive diariamente com a realidade covarde imposta pelo embargo estadunidense e pela incapacidade da política local de encontrar alternativas capazes de garantir uma vida mais digna aos cubanos. Gisela é a manifestação da resiliência.